terça-feira, 1 de julho de 2014

EU E POESIA

 










Acho que virei poetiza...
As palavras brincam comigo!
E eu com elas...
Construímos foco de emoções!

As palavras cantam ao meu ouvido...
Embalam meu sono,
Revivem minhas histórias...
Constroem meus pensamentos!

Sim!
Virei poetiza...
Como do vinho pra água!

Construída por palavras...
Minhas horas, minhas graças!
Emoções no papel...





Aroluka

COMO ME AMO... POSSO AMÁ-LA!












Meu sapato furou...
Furou por que andei demais e nem percebi!
Até pensei que seria capaz de muito mais...
Mas, meu sapato furou!
Deve ter sido nos trancos do caminho obscuro, vadio, que andei!
Quem sabe naquele caminho mais plano que encontrei Maria...
Foi a rua que menos percebi... meus olhos eram só pra ela...
Mas lembro bem de um bem esburacado e cheio de obstáculos!
Forcei a barra...
Meu sapato furou.
Bem que podia ter durado mais por que foi mais caro do que eu podia comprar...
Ganhei ele de um amigo que me devia uma boa ação!
Era novinho... e o mais bonito que já tive!
Mas... meu sapato furou,
Não dá mais pra calçar...
Vou ter que encontrar outro amigo que me deva uma caridade...
Por que tenho que ver Maria de novo!
E quero vê-la com sapato arrumado...
Quero estar bonito, distinto e tranquilo...
Vou de sapato novo, Maria, te ver mais uma vez!


Aroluka

TRUQUES













Dentre todos o mais belo...
Como se a beleza fosse o magistral do amor...
Dentre os homens o mais protetor!
Com sua maneira pálida de gerir força...
Dentre as mulheres a mais sã!
E uma vontade intensa de viver...
Dentre os seres o mais pacato!
Que cala toda rouquidão...
Dentre as coisas a mais fina...
Que se desfaz no mínimo toque!
Dentre as cores a mais tenra...
E sua capacidade de abrandar a agonia!
Dentre as frutas a mais doce...
Com gosto de doçura encarnada!
Dentre os comestíveis o mais nutriente...
Dentre as palavras a mais convincente..
Dentre os saberes o mais permanente...
Dentre os sentimentos o mais prudente...
Que ser será este de múltiplas facetas?
De vivo a inanimado...
De colorido a abstrato!
Que me dizes, meu amado?


LÁBIA INSÍPIDA














Água da fonte que vida!
Que molha, inunda, enxágua...
Tão viva, tão clara!
Acala que nada...
Água!
Não vivo sem teu gole, FOLE!
Nem viva sem teu nada, VAGA!
Didata água guia...
Que fina sede prima,
Molhada em teto e mina,
Úmida e leve, UNA!
Debaixo do nó que chora...
No véu que lacrimeja e valha!
Cada lágrima nata...
De todo olhar que brilha!
Água...

Aroluka

VENETA














Vadia vontade...
Volúpia!
Volta viver você...
Virgem valor violável!

Viela, vidente!
Vidralhada...
Vertigem!
Vespertino vexame...

Velando vesgo veterano...
Validado verdadeira vergonha!
Visto volume verídico...

Vigilante vetor venéreo!
Vendido ventre venial...
Vaga vate...


Aroluka

PODE ME SEGUIR...











Vou deixar um rastro de poesia e partir...
Deixar meus amores e ir...
Tentar não olhar pra trás e pensar...
Na hora certa de voltar!

Vou deixar um rastro de poesia e apostar...
Deixar minha covardia e seguir...
Tentar não lembrar do que me contém...
Na hora certa de acordar!

Vou deixar um rastro de poesia...
Um rastro de mim...
Dá pra me achar assim!

São detalhes...
Apenas detalhes!
Vou deixar um rastro de poesia...

Lu Azevedo (Aroluka)


O DIA PASSOU PELA PORTA















Esteira de gente corajosa...
Gente que arrisca e prosa!
Com fé e destreza...

Pensa que desgaste e pena?
Nem de perder as estribeiras!

Fênix de asas...
Mas com sangue de ventre,
Com garras de fera bruta!
Que usa o instinto e aguça...
A supremacia de si!

E nata...
Na espera do melhor!
Na certeza das oportunidades...
Do amor supremo decisório! E único...

Capaz de destrancar a cadeia do conformismo...

O que tem melhor que a posse de si?
E o coração caridoso?

Eis a oportunidade de ser você...
Completamente você mesmo!
 


Lu Azevedo (Aroluka)

SEMEDO












Parece medo...
Melhor não pensar!
Os nervos todos excitados...
Como um grande susto!
O coração não dispara...
Mas aguarda emoções fortes!

É medo...
Mas não falta de coragem!
É o não saber...
O não prever!
O querer demais...

De que importa o futuro?
Se o presente já me pertence?
Falo-ei pleno!
Futuro consequente...
Então... pra que o medo?

Se é sentimento sem Deus!
Pois, quem guarda a fé...
Tem a coragem de vencer!
E o que é o vencer senão...
Mostrar o melhor de si?

Sendo o querer permitido pelo Pai...
Pois... que Vosso querer, Pai, seja o meu...
E o melhor de mim!


Lu Azevedo (Aroluka)


IDADO










Entorpecido... ido!
Mal cuidado... ado!
Perdido... ido!
Desamparado... ado!
Partido... ido!
Abandonado... ado!
Enlouquecido... ido!
Desenganado... ado!
Desinibido... ido!
Alado... ado!
Despido... ido!
Danado... ado!
Perdido... ido!
Desanimado... ado!
Desaparecido... ido!
Tô "lascado"... ado!

Lu Azevedo (Aroluka)

DE NADA!













Boca, fala, palavras...
Desbocada... fala!
Sem dentes... boca!
Juntei... palavras!

Persistem para serem ditas!
Se cala pra que tanto valha?
Se canto... ouvires meu pranto?
Se nada... cala!

Fala, boca, fala!
Não cala...
Fala!

Deixa falar da alma...
Senão cala!
Engole a fala...

Aroluka

OLHAR TURVO














Pensamentos rasgados feito papel de seda,
Vida pensada e decidida,
Arranhões!
Lesões que ficam e não calam...

Como sarar ferida cega?
E pontear úlceras na alma?
Ser alfaiate de experiências sofridas?
E vividas?

Agulhas doces,
De ponta de aço,
De fino de amores...

Antídotos de afeto,
Apagador de memórias...
Culto do PERDÃO!



Aroluka

CALADA...












Mas não me diga que eram tuas aquelas palavras,
Que mais mentiam que falavam!
Mas não me diga que eram teus aqueles gritos,
Que invadiam a minha alma...
Mas não me diga que eram teus aqueles lábios,
Que beijei sem perceber...
Mas não me diga que eram teus aqueles traços,
Que apaguei de minha memória!
Mas não me diga que eram tuas aquelas vontades,
De se perder na escuridão...
Mas não me diga que eram teus aqueles folhetos,
E sua suma representação de pavor!
Mas não me diga que eram teus aqueles medos...
Não me diga! 
Não quero ouvir...
Nem acreditar num coração que esqueceu a fé!
Na primeira encruzilhada...

Aroluka

TEMPO TRÍADE





















Hoje vi relances de afeto!
Ontem de ternura...
Amanhã de amor.

Hoje vi espetáculos de fé!
Ontem de amizades...
Amanhã de partilha.

Hoje vi o nascimento da liberdade!
Ontem da fantasia...
Amanhã da verdade.

Hoje vivo o que sou!
Ontem o que fui...
Amanhã serei.

Sou afeto!
Fui ternura...
Serei amor.

Sou espetáculos de fé!
Fui amizades...
Serei partilha.

Sou liberdade!
Fui fantasia...
Serei verdade.

E Deus a iluminar meus caminhos!
E coragem...
E fé.


Aroluka

SÓ POR TI...
















Por vc eu sou o sol...
Ilumino tua vontade de viver...
Por vc sou a lua...
E te encontro até onde a luz se esconde...
Por vc sou o mar...
E limpo tua alma de tua clausura...
Por vc sou o caminho...
Guardo teus passos e experiências...
Por vc sou um coração faminto...
Guardo todos teus sentimentos mais vividos!
Por vc sou tempo lento...
E te espero sem pressa...
Por vc sou ouvinte...
Q permite guardar tuas íntimas vontades...
Por vc sou bruxa boa...
Q te põe no colo e te tira a dor...
Por vc sou calada inerte...
Pelos carinhos q quiser de mim...
Por vc sou puro jasmin...
E te inundo com o q da natureza tenho de melhor...
Por vc sou eu!
E meu grande amor...
Por vc...
E te catar e te roubar pra mim...
Só pra mim...



Aroluka

RETICÊNCIAS



















É só um momento...
Daqueles que a gente pensa que perdeu o controle de si!
Só um instante...
Em que o tempo te pediu uma pausa pra ti!
Só umas horas...
Pra você paginar umas memórias!
Só uns minutos...
Pra você lembrar de você!

Só de você... Afinal,
Tua vida tem a ti como foco único de existência...
Apesar das experiências,
Apesar dos que te rodeiam,
Apesar do que te ensina a viver,
Apesar do que te ajuda a sobreviver...

A posse de si vem dianteiro!
Esse tempinho é teu...
Como cada pequeno tempo que compõe tua vida...
Na forma mais completa que você...
E sua oportunidade de vida te deram pra ser...
UNA!



Aroluka

ALIANÇA














Pense em mim não como o último traço,
De uma oportunidade de renascer...
Mas como primeira semi-reta de toda infinidade!
Como o encontro entre o “agora” e o “pra sempre”...

Delícias furtivas em cada amanhecer...
E no paladar o gosto do que passou e estar por vir!
Delirar verdades mal vividas...
Furto de momentos que podiam ser nossos!

Fatalidade te perder mais um entardecer...
A vida não tem história pra contar,
É o próprio conto!

Cada passo, cada linha...
Traços renascidos de uma fatalidade entardecida!
Doce pra “sempre” de conto que passou...

Delícias renascidas como traço e reta!
Momentos de encontro: amanhecer, entardecer...
E o círculo da vida se repete como linha curva!



Aroluka