quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tigre de Bengala




Na ventania de hoje observei folhas que caem; eram muitas folhas e caíam na areia branca que seus passos marcaram quando passou velozmente por aqui...

Se as folhas falassem acho que sentiriam até o cheiro de teu couro marcado pelas tuas selvagerias; apesar das pintas pretas que marcam o amarelo dos teus pelos.

Tua beleza esconde tua brutalidade e tuas garras arranham até minha alma por que não sou capaz de te culpar pelas tuas asneiras; por que sei o tanto que teu instinto te cega, não te permite leis. Eu, que te fitei os olhos e quis tua beleza até para os filhos que gerei! Nem sei ao menos se você me viu...

Nem notei que eras tão forte à primeira vez que te avistei... mas não esqueci da tua majestosa postura de realeza que ninguém se atreve a enfrentar! Só se for no mais alto grau de covardia! Alguém te derrotar...

E vi tuas presas e as temi, ouvi teus rugidos e tremi por que, apesar de detestar o ferro que nos separa, que me dá segurança, que te tira a liberdade! Sem ele você nem perceberia, que um dia te amei, que te defenderia em qualquer situação... Por que seria pra ti presa fácil e mortal... não te culparia! Seria salvo pelo meu perdão!


Aroluka

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